Produção de lixo cresce em proporção maior que a da população
No período de cinco anos, entre 2007 a 2011, a evolução da geração de resíduos sólidos nas residências em Uberlândia apresentou índices anuais maiores que o crescimento populacional.
Em 2007, 123,1 mil toneladas de lixo doméstico foram parar no aterro sanitário, contra 156,7 mil toneladas produzidas em 2011, o que representa um aumento de 27,25%. Nesse mesmo período, a população registrou um crescimento de 7,12%, passando de 571.189 para 611.904 habitantes. Consequentemente, a produção per capta de resíduos sólidos domiciliares também aumentou, de 0,56 quilo para 0,72 quilo por habitante/dia. Os números podem ser ainda maiores uma vez que nem todo o lixo gerado na zona urbana é descartado no aterro sanitário.
Esses números fazem parte do Plano Municipal de Saneamento Básico, que é um dos focos da 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente, que será aberta hoje (13), no auditório da Faculdade Esamc, a partir das 13h. O evento tem como meta fornecer subsídios para incrementar a política nacional de resíduos sólidos. Entre os temas a serem abordados estão a redução dos impactos ambientais, produção e consumo sustentáveis, geração de emprego e renda, educação ambiental e financiamento dos custos decorrentes do cumprimento das leis sobre resíduos sólidos.
As propostas debatidas vão fazer parte da preparação do Governo Federal para a definição de uma Política Nacional. O resultado da conferência em Uberlândia será apresentado em agosto, na Conferência Estadual e, em outubro, na Conferência Nacional em Brasília. A Conferência será aberta ao público e envolverá sociedade civil, universidades e setores empresarial e público.
A meta do Governo Federal é acabar com os ‘lixões’ já no ano que vem. “Esse processo de discussão vai ajudar nisso, a preparar nossas políticas de tratamento dos resíduos sólidos e garantir sustentabilidade em nossas ações diárias de cidadão e de Governo”, disse Marcelange Pereira Esper, coordenadora executiva da Conferência.
Coleta
O Município dispõe de programas para coleta seletiva, coleta de móveis velhos (catatreco), de animais mortos de grande porte e domésticos (coleta agendada) e coleta porta a porta (lixo domiciliar). Ainda há 10 ecopontos para receber resíduos da construção civil, podas de árvores e lixo reciclado, com previsão de instalação de mais 10 novos ecopontos.
De acordo com dados da Secretaria de Serviços Urbanos, Uberlândia tem mais de 40 pontos críticos de depósito irregular de lixo. Na zona Norte, por exemplo, existem três pontos críticos entre dois ecopontos. “Temos visto a população pedir intervenção mais rígida, punitiva mesmo, para aumentar a destinação correta de lixo, por parte da sociedade. Isso é bom, é consciência de sustentabilidade que está acontecendo. Precisamos separar o lixo para melhorar a coleta seletiva e, com isso, aumentar a vida útil de nosso aterro, previsto para durar até 2030”, disse a coordenadora executiva.
Cristiane De Paula
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