Comissão planeja enfrentamento durante período de chuvas
Com a chegada do período chuvoso, os órgãos que compõem a Comissão do Plano de Emergência Pluviométrica (PEP) se reuniram na tarde desta terça-feira (24), na sede 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), para estabelecer as diretrizes de enfrentamento de risco. A atuação planejada visa à minimizar os danos materiais e à vida das pessoas em Uberlândia na época de chuva.
O prefeito Gilmar Machado esteve presente no encontro e adiantou algumas ações que estão sendo tomadas pela Adminitração municipal para evitar agravamentos ocasionados pelas águas pluviais. A Prefeitura, assim como toda a comissão do PEP, se baseia nos dados fornecidos pelo Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para tomar os cuidados necessários. A previsão é que a partir da segunda quinzena de outubro as precipitações aumentem gradativamente. O período chuvoso deve terminar em abril de 2014.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente fará um levantamento das árvores que precisam ser podadas, especialmente nos pontos críticos; a Futel manterá o nível da represa do Parque do Sabiá baixo para não haver inundações em decorrência das precipitações; a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos tem realizado a limpeza dos bueiros e bocas-de-lobo; a Secretaria Municipal de Obras ampliou a rede de drenagem nos bairros Santa Mônica e Morumbi para diminuir a intensidade das enxurradas e os bolsões de água; o Dmae inaugurou a Estação Elevatória de Esgoto na região do Morumbi para também atender aos bairros Joana D’arc e São Francisco, a fim de impedir o refluxo de esgotos residenciais; a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho dará assistência às famílias que moram às margens do córrego Lagoinha; e a Secretaria Municipal de Comunicação Social vai trabalhar campanhas de orientação sobre o descarte do lixo e as consequências de jogar resíduos em vias públicas.
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) também está preparada e equipada para dar o suporte em situações emergenciais. O prefeito visitou o galpão da Comdec, no Distrito Industrial, e verificou o armazenamento de itens como cobertores, colchões, brinquedos, telhas, roupas e sapatos. A Comdec também tentará viabilizar doações de cestas básicas em determinados casos. “É fundamental preparar todo mundo, para sabermos agir adequadamente no momento em que algo mais grave acontecer. Quando é feito um trabalho preventivo, o sucesso é maior”, afirmou Gilmar Machado.
Para o comandante da 9ª Risp, coronel Dilmar Crovato, é importante que cada órgão entenda suas atribuições nas diversas fases de atuação no sistema de gerenciamento de risco. “O planejamento nos possibilita realizar as intervenções necessárias, atuar em locais estratégicos e saber executar os trabalhos em locais de risco”, disse o comandante que também atentou para a conscientização da população de modo a eliminar ações imprudentes em locais de risco durante empoçamentos, enxurradas e inundações.
Precipitação pluviométrica
Os gráficos gerados pelo Laboratório de Climatologia da UFU apontam que até dezembro deste ano Uberlândia deve receber mais 600 milímetros de precipitação. De janeiro a agosto de 2013 foram registrados 917 milímetros e a média dos últimos 31 anos neste mesmo período é de 939 milímetros de chuva no Triângulo Mineiro. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado.
“Estamos dentro da média de precipitação. No entanto, elas não foram bem distribuídas no período. Este foi um ano atípico porque as anomalias em termos de temperatura causaram esse distúrbio meteorológico”, explicou o professor do Laboratório de Climatologia, Paulo César Mendes, referindo-se às chuvas mais concentradas em menos espaço de tempo ocorridas frequentemente este ano.
O professor também alertou sobre os cuidados com o mosquito transmissor da dengue. Devido às precipitações em períodos normalmente de estiagem, os reservatórios para o vetor têm se formado mais cedo. Outra consideração foi a respeito da existência de pouca ou nenhuma área permeável nas residências. Segundo Paulo César Mendes, 80% das enxurradas na avenida Rondon Pacheco são provenientes de dentro dos quarteirões, como por exemplo as águas que escoam dos telhados das casas.
Fillipe Alves
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