Audiência debate sobre política de combate e prevenção às drogas

Audiência debate sobre política de combate e prevenção às drogas

 

 

Terminou agora à noite no plenário da Câmara Municipal de Uberlândia a audiência pública intitulada ”Política Antidrogas”, que conta com a presença do deputado estadual Paulo Lamac (PT), membro da Comissão de Prevenção e Combate ao uso de Crack e outras Drogas, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e de representantes e entidades públicas ligadas ao tema.

No plenário, o debate iniciou com a fala do representante da Associação Municipal das Associações das Entidades Sociais, Renato Borges, que alertou sobre quantidade da população dependente hoje no Brasil, 3%, o equivalente a sete milhões de pessoas, e a falta de resultado nas políticas de prevenção ao uso de entorpecentes. O ativista social criticou a elaboração de leis sem aspecto estrutural para realizá-las, como é o caso do PLC 37/2013, que tramita no Senado, e trata sobre modificações nas internações compulsórias, involuntárias e voluntárias. Para Borges, o projeto se torna inviável ao se verificar que falta vagas para internações em todo país.

Ele criticou também a falta de vagas para crianças em Uberlândia, a quantidade de menores em situação de risco e a venda de bebidas nas escolas, bares e boates. Borges também mostrou a relação dos casos de assassinatos em Uberlândia no ano passado e neste ano com o uso das drogas e opinou sobre o dever que a União tem de financiar os projetos na área de combate ao uso de entorpecentes feitos por intermédio da parceria entre o estado e o município.

A audiência é vista como um debate preliminar para a Conferência Municipal de Políticas Antidrogas que irá acontecer na próxima terça-feira (08), no Centro Administrativo. Essa foi uma das colocações do deputado Paulo Lamac. “É uma possibilidade na troca de experiências numa transição importantíssima na constituição da política nacional”, afirmou.

Lamac lamentou a ação tardia do Brasil no combate às drogas e questionou os presentes sobre o tipo de política no combate e prevenção que deve ser seguido no país. Atualmente a discussão se dá em torno de não apenas criminalizar o uso das drogas e no processo de legalização de determinadas substâncias.

Lamac também defendeu, assim como Renato Borges, a fiscalização para diminuir a demanda pelo por drogas e uma campanha de mensagem real que preparem os brasileiros a dizerem não (às drogas). Para ele essa campanha deve começar nas escolas, com um trabalho de prevenção ativa que pode ser desenvolvido por meio de uma disciplina alternativa à de “Orientação para a cidadania” que foi retirada das escolas públicas.

 

 

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