Baixas temperaturas exigem mais hábitos de prevenção contra a influenza
Neste ano em Uberlândia foram notificados 39 casos suspeitos de influenza, sendo 4 confirmados com exames laboratoriais para o vírus H1N1. Hoje (24) foi confirmada a primeira morte causada pela doença na cidade. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta à população que com as baixas temperaturas registradas nos últimos dias, há maior risco de casos de doenças respiratórias e pode levar a um aumento na circulação dos vírus, uma vez que a população fica por mais tempo em ambientes fechados.
A morte confirmada é de uma mulher de 31 anos que possuía uma comorbidade (denominação para outra doença pré-existe). Ela fazia parte do grupo de risco prescrito pelo Ministério da Saúde (MS) que deveria se vacinar, porém não recebeu o imunobiológico este ano. Ao apresentar os sintomas, a paciente procurou atendimento médico em uma unidade de saúde. Considerado como um caso suspeito, ela teve acesso ao medicamento antes mesmo da confirmação laboratorial, seguindo as diretrizes do protocolo do MS. Mesmo com os procedimentos adotados, a paciente evoluiu a óbito nesta quarta-feira.
“Os pacientes diagnosticados com suspeita de influenza tem acesso ao antiviral Oseltamivir (que tem nome comercial Tamiflu) imediatamente nas unidades de saúde, não sendo necessário e nem mesmo indicada a confirmação laboratorial para que seja iniciado o tratamento. As unidades de saúde notificam a Vigep (Vigilância Epidemiológica), que colhe o material para a análise. Caso seja confirmado, o paciente tem o tratamento correto”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Rosuita Fratari. Ela acrescentou que a situação da influenza em Uberlândia está sob controle, mas que as medidas de prevenção devem continuar.
ETIQUETA DA GRIPE - O Ministério da Saúde alerta à população a adotar medidas de prevenção contra as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Hábitos simples de higiene são importantes para prevenção, já que o vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras, por até 10 horas.
As mãos são a principal via de transmissão da influenza. Quando tossir, evite o toque direto das mãos nas vias de transmissão. É importante lavá-las com água e sabão, mantendo-as limpas antes de consumir alimentos.
Evitar aglomerações e locais fechados quando apresenta sintomas de resfriados também é importante para a prevenção da influenza. Em casos de gripe não é recomendado compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos e copos.
Os sintomas da gripe costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram, em média, uma semana. Febre alta permanente e dificuldade para respirar são sinais que podem indicar o agravamento do quadro, principalmente se ocorrer com pessoas dos grupos de maior vulnerabilidade para as complicações da influenza.
RESFRIADO E RINITE – Mais leve e menos demorado, o resfriado frequentemente é confundido com gripe. Embora parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível, provocada pelo contato com agentes que causam alergia, como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.
TRATAMENTO – Ao surgirem sintomas de gripe, resfriado ou rinite, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde mais próximo e não tomem medicamentos por conta própria, como os antigripais. A automedicação pode mascarar sintomas, contribuir para o agravamento da doença e dificultar o diagnóstico, que deve ser feito por um médico.
Para os casos de síndrome gripal em pessoas vulneráveis às complicações, o Ministério da Saúde recomenda que os médicos prescrevam o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu).
Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral.
Joana Araújo
Secretaria Municipal de Saúde
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